Meu Deus, como foi excitante fazer esta "PROVA RADICAL".
Até parece que voltei a ter 20 anos, e foi de tal forma intenso que parecia que estava a brincar às cavalhadas e burricadas com os meus amigos de então!
Uma brincadeira que de especial nada tem, e até muita gente não tem apreço, mas é destas "pequenas coisas" que vivemos, porque nos trás recordações imensas, e viver é isto, é fazer parte, é estar por dentro!
A "Tertúlia o Cantinho da NöNö" foi convidada a participar nas Festas de Azambuja, e nós, como não poderia deixar de ser, com todo o gosto fizemos parte dela.
Li em tempos que de acordo com alguns reguladores e burocratas de hoje, todos nós que nascemos nos anos 60, 70 e princípios de 80, não devíamos ter sobrevivido até hoje, porque as nossas caminhas de bebé eram pintadas com cores bonitas,em tinta à base de chumbo que nós muitas vezes lambíamos e mordíamos. Quando andávamos de bicicleta, não usávamos capacetes. Quando éramos pequenos viajávamos em carros sem cintos e airbags, viajar á frente era um bónus. Bebíamos água da mangueira do jardim e não da garrafa e sabia bem. Comíamos batatas fritas, pão com manteiga e bebíamos gasosa (pirolitos) com açúcar, mas nunca engordávamos porque estávamos sempre a brincar lá fora. Passávamos horas a fazer carrinhos de rolamentos e depois andávamos a grande velocidade pelo monte abaixo, para só depois nos lembrarmos que esquecemos de montar uns travões ... he he he!! Depois de acabarmos num silvado aprendíamos.
Saíamos de casa de manhã e brincávamos o dia todo, desde que estivéssemos em casa antes de escurecer. Estávamos incontactáveis e ninguém se importava com isso. Não tínhamos Play Station, X Box. Nada de 200 canais de televisão, filmes de vídeo, home cinema, telemóveis, computadores, DVD, Chat na Internet. Tínhamos amigos - se os quiséssemos encontrar íamos á rua. Jogávamos ao elástico e à barra e a bola até doía! Caíamos das árvores, cortávamo-nos, e até partíamos ossos mas sempre sem processos em tribunal. Batíamos ás portas de vizinhos e fugíamos e tínhamos mesmo medo de sermos apanhados. Íamos a pé para casa dos amigos. Acreditem ou não, íamos a pé para a escola; Não esperávamos que a mamã ou o papá nos levassem. Criávamos jogos com paus e bolas. Se infringíssemos a lei era impensável os nossos pais nos safarem. Eles estavam do lado da lei. Esta geração produziu os melhores inventores e desenrascados de sempre. Os últimos 50 anos têm sido uma explosão de inovação e ideias novas. Tínhamos liberdade, fracasso, sucesso e responsabilidade e aprendemos a lidar com tudo.
Devo-vos confessar que não foi nada fácil convencer o burro a andar, e muito menos a correr, foi preciso muita força para o puxar...he he he!
Um abraço a todos que proporcionaram esta festa e aos companheiros do" Barrete Verde" que nos ajudaram a "picar" o burro...he he he !
Que tal um comentário!
2 comentários:
e que saudades de tempos passados...
Boa mano...
Abraço
Jota
Enviar um comentário